"O Seminário Internacional de Dança de Brasília está intimamente relacionado a tudo de mais importante que já aconteceu na minha vida como bailarina:a primeira vez que dancei um balé de repertório com remontagem internacional (O Jardim Animado de O Corsário, em 1999), a primeira vez que dancei um espetáculo acompanhado por Orquestra (a Vera Timachova tentando me acalmar na coxia, no primeiro ensaio com os músicos, eu estava aos prantos, emocionada), a bolsa de estudos para a Palucca Schule (experiência que me rendeu tantas lições...), a primeira vez na Europa! A primeira vez que dancei um solo contemporâneo, foi no Seminário ( o Apolo França topou o desafio e me botou no palco do concurso, pela primeira vez, de meia no pé!). Não foi por causa do Seminário que larguei a dança por quase dois anos. Mas voltei a dançar porque Tia Gi me pegou pelo braço (num desses encontros malucos que a vida apronta pra gente, eu de aeroviária, ela voltando da Europa) e me apresentou ao Roberto Lima (diretor da Cia. de Balé de Niterói, com quem esbarramos no aeroporto naquele dia), pedindo que ele me recebesse na sua companhia para aulas. E em 2007, depois de frequentar três semanas de aulas maravilhosas no Seminário, me sentindo em forma e confiante, consegui meu primeiro contrato profissional, no Balé Teatro Guaíra, onde dancei até o final do ano de 2009, quando mudei-me novamente para Alemanha para trabalhar com Jutta Wörne (agora Jutta Ebnother), diretora do Balé de Nordhausen, que conheci durante minhas férias de julho daquele mesmo ano. Onde? Em Brasília. No Seminário Internacional de Dança, numa das inesquecíveis e deliciosas aulas da Tia Gi.